sábado, 26 de junho de 2010

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Sobre a minha profunda obsessão pelas reticências, é porque eu simplesmente nunca sei. Não sei como continuar minha frase, não sei como continuar minha vida. Mas é porque não cabe a mim. Ao destino? Sou aversa ao destino! Não, eu me largo ao acaso, ao vento. Sempre existe a próxima linha. O próximo parágrafo. A nossa vida a gente escreve, sendo aqui extremamente clichê. As escolhas são importantes, mas às vezes o importante é exatamente não escolher. Por que eu deveria estragar tudo com a minha impulsividade feroz e descontrolada? Não. Não. Absolutamente, não.
...assim é bem mais fácil. Assim, só assim. Como as coisas deveriam ser. Porque meu âmago está nas palavras que não são ditas. Diz-se que os ignorantes são merecedores de silêncio. Não é assim comigo. Os ignorantes são merecedores de um pouco mais de conhecimento, mas merecem o meu silêncio apenas aqueles a quem eu amo profundamente.
Seu nome, três pontinhos - e neles se encontram todas as palavras impossíveis de ser dita, meus sentimentos, meu coração, minha alma. Os estou entregando a você. Sinta-se grato.

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