domingo, 10 de janeiro de 2010

I Believe in 2010

Ok. Talvez eu não estivesse mesmo tão ansiosa pro Natal. E, ok, talvez eu não tenha tido uma virada de ano tão fantástica e cheia de efeitos especiais que te fazem acreditar que realmente os fogos estão marcando uma nova era de vida. E é verdade que eu nem sabia os significados das cores que eu estava usando no dia 31. Sinceramente, escolhi minha roupa cerca de uma hora e meia de sair, e a roupa nem era minha de verdade. E tudo bem que só formulei minha lista de objetivos para 2010 lá por cerca do dia 5 de Janeiro. Mas isso definitivamente não quer dizer que eu não senti aquele formigamento de expectativa na minha oração da meia noite. É meio idiota, eu sei. Tradicional - não é meu estilo.
Exatamente por não fazer o estilo tradicional que eu não usei branco, não fiz um longo brinde com taças de champanhe, não fiz meus desejos quando o relógio estilo morfador do meu melhor amigo marcou 00:00. Mesmo assim eu não pude conter meu sistema nervoso quando ele decidiu me estremecer inteira por dentro. Eu estava tendo outra chance. Uma chance de fazer as coisas certas, de ser uma pessoa nova.
Por que foi que eu me iludi com isso mesmo?
Dois de Janeiro de 2010 - Causo uma espécie de acidente envolvendo a cerca elétrica da minha casa, arrebentada, uma amiga quase eletrocutada, cinco adolescentes presos pra fora de casa durante quatro horas e meio, uma perturbação aos bombeiros e um alarme de segurança disparado.
Desde então erros, erros, erros... quedas, quedas, quedas... brigas, brigas e mais brigas... e ainda é dia 10! Talvez meu começo feliz tenha se frustrado um pouquinho. E então eu percebi. O grande problema é esse nosso excesso de confiança na atmosfera mágica do Reveillon. Nós acreditamos que tudo vai mudar e deixamos de nos esforçar pela mudança. Esperamos enormes milagres explodindo a nossa volta como se montes se erguessem do submundo de repente e deixamos de notar que o maior milagre de todos é que o mundo continua girando, nós continuamos respirando e que, por fim, esse não é realmente o começo - é  simplesmente a continuação de tudo, o seguir das nossas vidas. Mas qual é a história que tem o clímax no início?

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