Mas há de ser o último, para que nenhuma alma seja deixada no escuro. Gostaria de ser a última, nem que fosse a única a encarar o assustador desconhecido. É importante que me certifique, eu mesma, de que ninguém permaneceu no recinto. E se for verdade - sei que é - a lenda sobre a câmara que precede o corredor da morte. Morrer eternamente. Morrer, eternamente. Pobre daqueles que enxergam nisso um pleonasmo.
Morrerei, sim. Mas só por um momento. Morrerei ao piscar os olhos e nunca novamente. Não me submeter nunca mais à esse falecer diário e então viverei para sempre.
Mas as luzes, é claro. Devo apagar as luzes ao sair. A não ser que eu acabe sendo uma das primeiras.
Deliciosamente viável.
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