domingo, 1 de agosto de 2010
11:11
Eu o amo. Sei que esse é um péssimo modo de começar uma carta, mas eu o amo. Amo com todo o meu cansaço e tudo o que dói em mim. Com as cicatrizes que me causaram e as que eu mesma provoquei. Com as todos os membros, todas as partes, até as que se despedaçaram pelo caminho. Amo graças às lições do passado, em cada decisão do presente e nas esperanças perigosas do futuro.
E porque amo, tenho essa horrível tendência de me tornar um pouco arisca. Nunca ame uma coisa selvagem, eles dizem, porque ela parte. Mas eu juro que não quero partir. Eu juro que quero ficar, e que isso nunca acabe. Eu juro que quero fazer promessas. Que quero dizer as palavras proibidas, que quero ignorar todos os meus instintos que dizem: corra. Meus pés estão estáticos no chão porque não vou a lugar nenhum. E talvez eu tenha que lutar contra mim mesma, tudo bem. Talvez eu tenha que me livrar desse meu jeito. Sim, eu com certeza devo descartar esse medo.
E então eu vou mergulhar em queda livre. Sem abrir as asas para fugir, sem abrir os olhos sem espiar o chão abaixo. Então eu vou deixar que essa luz confusa, difusa, ilumine o céu pra você, se você quiser. Então eu vou te escolher de novo a cada manhã. E vou te perdoar o coração partido, se você perdoar o meu; vou entender que você pôde amar de novo assim como eu pude. Vou ser a pessoa que eu sei que sou e você espera que eu seja. Me perder dentro disso, cega e alucinada como sempre fui. E eu vou sofrer por você, chorar por você, aceitar toda a dor, e lutar contra todas as barreiras.
Eu só preciso que você dê o primeiro passo... e então eu te sigo, não vou embora agora.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário